A nova geração de ambientes desktop

Estamos começando o mês de abril de 2011, um mês em que dois novos ambientes desktop para Linux serão apresentados para as massas: Unity e Gnome3. Ambos prometem modificar significativamente a forma como interagimos com o computador, cada um a sua maneira. Como preparativo para estas novas versões (das quais pretendo testar e publicar aqui minhas impressões), neste artigo vou dar uma visão geral e explicar um pouco do que esperar de cada um.

Unity

Ambiente desenvolvido pela Canonical para a versão para netbooks do Ubuntu que virá como ambiente padrão também na vesão desktop da popular distribuição. Com o uso padrão deste ambiente, muita coisa mudou nele para que ficasse estável e atendesse as necessidades dos usuários com telas maiores.

A palavra de ordem do Unity é “eficiencia”. Em cada escolha feita pelo time da Canonical vê-se claramente que eles querem utilizar o espaço do monitor da forma mais eficiente possível. Claramente esta é uma herança das raízes “netbookianas” do ambiente, mas que não deixa de ser uma preocupação para outros tipos de usuário.

Algumas características essenciais dele são:

  1. Menu global de aplicativos: o menu dos aplicativos ficam na barra superior, como no MacOS X;
  2. Launcher: é uma barra localizada do lado esquerdo, que é uma mistura de dock, também inspirado no MacOS X, com um painel. Ele é localizado na lateral, pois, com o advento das telas widescreen, o espaço vertical ficou mais disputado do que o horizontal;
  3. Dash: uma tela onde você pode abrir aplicativos ou abrir pastas, sempre por meio de navegação ou por um campo de busca. O dash também suporta plugins chamados de “lentes” que adicionam funcionalidades, como integração com outros aplicativos (ex: enviar uma mensagem via Empathy) ou com sites (ex: fazer uma busca no Google);

Gnome3

Na nova versão do ambiente desktop mais popular do Linux trás novos paradigmas e uma apresentação totalmente diferente da versão 2. Esta versão está em desenvolvimento há muito tempo, afinal foi um ano de atraso (o plano inicial de laçamento do Gnome3 era de abril de 2010), mas este último ciclo de desenvolvimento mudou muita coisa.

A palavra de ordem do Gnome3 é “foco”. Os especialistas de interface do projeto estão levando o conceito minimalista do Gnome ao extremo, de forma que o usuário tenha um ambiente com poucas distrações e de alta produtividade.

Algumas características essenciais dele são:

  1. Barra superior: o painel do Gnome morreu na forma como era conhecido. Agora só existe uma barra superio que é composta pelo botão “Atividades”, relógio e ícones de configuração do sistema;
  2. Modo panorama: clicando no botão “Atividades” no modo panorama, onde são exibidos todos os aplicativos abertos e áreas de trabalho virtuais em uso, bem como um dock (semelhante ao do MacOS X) com aplicativos favoritos e abertos. Este modo, é semelhante ao Dash do Unity, pois também é possível abrir pastas e aplicações;
  3. Áreas de trabalho virtuais: esta funcionalidade velha conhecida de qualquer usuário Linux (independente do ambiente desktop) sofreu uma alteração interessante. Agora elas são criadas dinamicamente, a medida que se faz necessário;

Conclusão

Como eu disse no início, esta é apenas uma análise superficial dos ambientes e, assim que suas versões estáveis forem lançadas, eu vou escrever um texto mais completo sobre cada um. De qualquer forma, já dá para ver que muita coisa vai mudar e espero que estas mudanças sejam para melhor.

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